𝙊 𝙨𝙚𝙞𝙨 𝙥𝙤𝙧 𝙢𝙚𝙞𝙖 𝙙𝙪́𝙯𝙞𝙖... 𝙪𝙢 𝙥𝙖𝙞́𝙨 𝙗𝙚𝙨𝙩𝙞𝙖𝙡𝙞𝙯𝙖𝙙𝙤
Nem direita, nem esquerda: precisamos de consciência
Há quanto tempo nós, brasileiros, estamos presos nessa falsa dicotomia? De um lado, o falso messias armado de ódio e populismo barato; do outro, o pelego profissional da política, que nunca trabalhou de verdade, apenas explorou o sistema. A disputa entre figuras que personificam extremos não é nova — lembra perigosamente a ascensão dos regimes nazifascistas na Europa, onde o povo, mergulhado em crise, miséria e desinformação, depositou suas esperanças em líderes autoritários que prometiam o fim da corrupção e da decadência moral.
A História não se repete literalmente, mas ela sempre nos oferece lições. Cabe a nós aprender com os erros.
Hoje, muitos brasileiros veem nesses líderes — sejam da esquerda ou da direita — a salvação para nossos problemas sociais, econômicos e culturais. Mas essa confiança cega só revela o quanto estamos fragilizados, principalmente no campo da educação. Temos um enorme déficit educacional, e não há solução viável vinda de ideologias desgastadas ou partidos comprometidos com seus próprios interesses.
A virada que o Brasil precisa não é política, é civilizatória. E ela começa nas escolas — não nas grandes, tradicionais e engessadas, mas nas poucas que ousam experimentar algo novo, que rompem com o modelo ultrapassado e iniciam um movimento real de transformação. Sem isso, continuaremos repetindo o ciclo da ignorância travestida de patriotismo.
Assim como Hitler enganou boa parte da sociedade alemã — inclusive utilizando a própria igreja como trampolim para sua ascensão — hoje vemos, no Brasil, o uso distorcido da fé para justificar o injustificável. Vamos deixar algo claro: cristianismo não é armamentismo. Um cristão não precisa andar armado para provar sua fé. A exceção se dá àqueles que exercem a segurança pública como profissão. Fora isso, é contradição.
Também é preciso abandonar certos mitos. Não somos iguais, e nunca seremos — biologicamente, psicologicamente ou socialmente. A igualdade absoluta é uma abstração. O que precisamos é de equidade, justiça, dignidade humana, não de imposições ideológicas fracassadas. Socialismo e ultraconservadorismo são lados da mesma moeda: ambos se apresentam como soluções totais, mas falharam onde foram aplicados.
Chega de acreditar em salvadores da pátria. Nem ditaduras militares, nem ditaduras do proletariado. Precisamos de um projeto novo, sério, responsável e enraizado na realidade do Brasil de hoje, e não em fórmulas do século XIX com embalagem moderna.
Nossos verdadeiros “heróis” não são nem o milico da repressão, nem o civil armado. São os professores esquecidos, os médicos da rede pública, os pequenos produtores, os trabalhadores invisíveis — esses sim sustentam o país de pé enquanto as elites políticas seguem mamando, há gerações, nas tetas do Estado.
Estamos bestializados há décadas, envenenados por discursos de ódio, distraídos por polarizações fabricadas. Precisamos recuperar o bom senso, a lucidez e a capacidade de diálogo.
Nem direita, nem esquerda.
Meu primeiro voto é para Deus e para Jesus.
Depois, para um Brasil que precisa renascer — com sabedoria, justiça e consciência.
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